sábado, 15 de março de 2008

O TER DA PERDIÇÃO

Fazem os fracos cada vez mais fracos;
E os fortes cada vezes mais fortes;
Sem medo tornam em cacos;
Aqueles que por si já são disformes.

Colhem o que lhes pertence;
E até a esmola do pobre roubam;
Dar o que está a mais… “Nem pense…”;
Pois têm no seu umbigo a possessão.

Não percebo porque ter a mais;
Se nem consigo ver a meus pais;
Porquê ter milhões?
Se me deixa preso às escravidões.

A ambição do ter;
Cega o coração;
E não me apercebo do chover,
Que cai sobre o mendigo no chão.

Dão um salário de fome;
A quem já gastou a vida e cuja alma se consome;
Jogados na rua, jogados no chão,
São servos de quem não sente a compaixão.

Sê o que realmente és;
Não sejas daquilo que tens;
Pois imortal é a essência que verdadeiramente és,
Corruptível tudo aquilo que são teus bens.

Não sejas escravo do que é material;
Liberta-te dessas amarras;
Voa até ao manancial,
E ai teras uma vida sapiencial.

segunda-feira, 10 de março de 2008



Desvela-me o velado;
Mostra-me o criado;
Mãos de oleiro,
Coração cinzelado.

Voz de poeta;
Força que aperta;
Que trespassa todo o meu ser,
Que me arrebata ao amanhecer.

Rasga a alma…
Devagar e com calma;
Trespassado por uma lança,
Jorra a esperança.

Quente e frio, num só;
Esmagado pela mó;
Da tua presença,
Devastadora e intensa.

Lágrimas que o vento secou;
D'um rosto sofrido que silenciou;
O mundo adormecido;
Cuja a Paixão acordou.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Mea Culpa

As minhas culpas
São das tuas,
De quem eram,
Que erram,
Das que se escreveram.
Das que se provocam.
E das que morreram.
As minhas culpas
São eternamente
Das minhas,
Das que me embriagam,
Das que me apagam.
Das que me proíbem
De Ser.
As minhas culpas,
São das de ninguém,
De desdém,
Porém,
Eternamente
Culpa.
As minhas culpas
Da autoria de um amigo.

terça-feira, 4 de março de 2008


Contigo, "Sem-tigo"


Neste escuro que me envolve;
Numa penumbra que me move;
Na procura de alguém;
De uma ternura que não vem.

Como sei quando vens;
Libertar os meus reféns;
Presos na angustia, no terror;
Na espera do teu Amor.

Pensar na tua ausência gela-me o sangue;
Pensar na tua presença deixa-me incessante;
Onde quer que estas, para onde quer que vás…
Por favor não me deixes em paz.

Estar contigo é uma primavera constante;
Como uma flor “brotante”;
Tua ausência lembra-me o Outono;
Uma lágrima que cai, de um rei que perde o trono.

Compreender-te é impossível;
Amar-te é inevitável;
Só tu me podes curar;
Da minha doença de amar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

As minhas culpas...

Este blog é mais um como tantos outros, que nada tem de especial, que nada tem de novo, a não ser o mundo visto pela minha perspectiva.

Mea Culpa, porque é de mim, e das coisas vistas por mim que tenteri falar. Espero poder partilhar contigo, caro leitor, aquilo que eu vivo, sinto e acredito; e sempre que possivel falar de temas da vida, de coisas boas e de coisas más, (as culpas) que nelas habitam.
Mostrarei textos que nos ajudem a reflectir sobre a vida, com a intenção de saber o que achas deles, e o que a ti dizem.
Com o melhores comprimentos...
Jano